Jornal ASJ – Redesign Completo
Mudança de projeto gráfico – por onde começar?
Quando comecei a diagramar esse informativo, em parceria com a Jardine Comunicação, estávamos mais ou menos na edição de número 62. O ano era 1999 ou 2000, não lembro bem. O projeto era assinado por Rodrigo Vizzotto, diagramador do Jornal do Comércio. O público do informativo eram servidores públicos da Justiça gaúcha, com uma linguagem voltada para as coisas da categoria, tais como convênios, serviços, reivindicações e política sindical.
Após muitas edições, gestionamos junto ao cliente a possibilidade de mudarmos o projeto, que já estava enfadonho e desatualizado. Um tanto conservadores, os dirigentes aceitaram estudar uma nova proposta visual, que viria a não ser implementada. A que foi apresentada já trazia imagens recortadas, fontes mais contemporâneas, mais área negativa.
Em 2020, em meio a pandemia, tínhamos uma edição para dar saída e resolvemos fazer pequenas alterações. Começamos pela tipologia, buscando dar mais leveza aos textos e ganhar legibilidade. Mas a edição não saiu…
Na virada do ano, veio a virada de projeto
Resolvemos bancar a mudança propondo ao cliente que o informativo se transformasse num pequeno anuário, com as matérias mais relevantes ocorridas no ano de 2020. O eixo principal seria “o ano das lives e das conexões”. Ganhei a liberdade de modificar o miolo por completo e criar uma capa temática diferenciada.
Munido de dezenas de cópias de telas das reuniões virtuais, iniciei a composição no Photoshop desmembrando todas as telas e isolando cada “figurinha”. Após alguns brainstorms decidimos por criar o 2020 utilizando as carinhas com o título curto “Conectados”. Como já foi dito, a diretoria é conservadora. Adorou a ideia e a execução, mas preferia usar um outro assunto como principal. Com isto, a imagem de capa e suas dezenas de horas de Photoshop foram ilustrar uma página interna. 🙁 Faz parte…
Na nova proposta de capa foi usada uma imagem stock.
Mudanças em todos os elementos fixos
Comecei por retirar os logos que se repetiam no topo de todas as páginas, o que gerava um ruído e atrapalhava ao sangrar imagens na parte superior das páginas. Além disso, as cartolas das editorias eram posicionadas verticalmente ao lado dos títulos das matérias, dificultando a diagramação quando eram palavras compridas ou até mesmo expressões.
A numeração das páginas ficou mais leve e se juntou ao nome do informativo e ao número da edição. As margens eram fixas e iguais em 1cm e passaram para margens diferentes no topo, nas bordas e na calha central.
Colunas móveis para um layout mais fluido
Com 3 páginas mestras diferentes o balanço da paginação ficou mais fluido. Em alguns momentos a terceira coluna ocupa a margem externa em box ou mesmo . As legendas, que anteriormente eram em caixas sob as imagens, passaram a ocupar os espaços em branco, agora sem o fundo colorido e em fonte condensada para reduzir o espaço ocupado.